O Capacete da Salvação

O Capacete da Salvação


Do solo fez o SENHOR Deus brotar toda sorte de árvore agradável à vista e boa para alimento; e também a árvore da vida no meio do jardim e a árvore do conhecimento do bem e do mal ... mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás (Gênesis 2:9, 17).

Vendo a mulher que a árvore era boa para se comer, agradável aos olhos, e árvore desejável para dar entendimento, tomou-lhe do fruto e comeu, e deu também ao marido, e ele comeu. Abriram-se, então, os olhos de ambos; e, percebendo que estavam nus, coseram folhas de figueira, e fizeram cintas para si (Gênesis 3:6, 7).

Porque a nossa glória é esta: o testemu¬nho da nossa consciência, de que com santidade e sinceridade de Deus, não com sabedoria humana, mas na graça divina, temos vivido no mundo, e mais especial¬mente para convosco (2 Coríntios 1:12). Tomai também o capacete da salvação e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus (Efésios 6:17).

E vos renoveis no espírito do vosso en¬tendimento (Efésios 4:23).

E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus (Romanos 12:2).

Porque os que se inclinam para a carne cogitam das coisas da carne; mas os que se inclinam para o Espírito, das coisas do Espírito. Porque o pendor da carne dá para a morte, mas o do Espírito, para a vida e paz (Romanos 8:5, 6).



Primeiro


No meio de todas as árvores do jardim do Éden encontravam-se a árvore da vida e a árvore do conhecimento do bem e do mal. Deus orde¬nara a Adão: "De toda árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás" (Gêne¬sis 2:16b, 17). Isto indica quão opostas eram estas duas árvores. De um lado está a árvore da vida, do outro, a árvore do conhecimento do bem e do mal. Podemos, portanto, dizer que uma é a árvore da vida e a outra, a árvore da morte, pois ao comer da árvore do conhecimento do bem e do mal o homem morre.

Podemos notar um resultado tremendo na vida de Adão e Eva depois de terem pecado: ganharam conhecimento; tendo comido do fruto, ficaram conhecendo o bem e o mal. Em outras palavras, o primeiro efeito subjetivo no homem depois da queda foi o aumento da capacidade de funcionar da mente. Antes da queda, o homem possuía um tipo de mente; depois da queda seu cérebro começou a conter maior porção de coisas que era do propósito original de Deus que ele tivesse com o tempo — mas não da maneira pela qual os homens, nessa época, obtiveram tais coisas. Por este motivo Paulo menciona em Efésios 6:17 que o crente deve "tomar o capacete da salvação". Esta pas¬sagem confirma a necessidade da libertação da mente humana. Muitos, depois de crerem no Senhor Jesus, sofrem mudanças de vida, mas suas mentes ainda precisam ser libertas. Se as mentes não forem libertas, ficarão sem proteção na época de conflito espiritual. Daí ser da major importância que tomemos o capacete da sal-vação.



Ocorre um fenômeno um tanto espantoso entre os filhos de Deus: encontramos muitas pessoas de bom coração e bom comportamento que ainda levam consigo a mente que pertence à velha natureza. Em outras palavras, sua vida é a vida de Cristo mas sua mente é a de Adão. Isto diminui sua capacidade de conhecer a vontade de Deus. Portanto, a fim de medir a vida espiritual de uma pessoa, precisamos somente medir sua cabeça. Ao grau em que sua mente é liberta, a esse grau a pessoa é liberta de Adão e por conseguinte liberta da velha criatura. A diferença básica entre o viver na velha criatura e o viver na nova pode ser vista no relacionamento entre a mente da pessoa e Deus.


Segundo


"Não com sabedoria humana, mas na graça divina, temos vivido no mundo" (2 Coríntios 1:12b).
Como precisamos pedir que Deus nos livre de nossa própria inteligência! O princípio do viver cristão é confiar na vontade de Deus e não na inteligência humana, depender da graça de Deus e não de nossa própria sabedoria. É necessário que aprendamos esta lição.
Suponhamos que exista algo que você tem de fazer, mas não sabe como fazê-lo, ou se não deve fazê-lo de modo nenhum. Você não tem idéia alguma de como proceder. De modo que você começa a deliberar sobre o resultado da ação que você deve tomar. Se fizer tal coisa desta ou daquela maneira, o que dirão as pessoas? De modo que você tenta ser inteligente. Como? Dizer ou fazer o que causará o mínimo de problemas e evitará o máximo de oposição. Este tipo de conduta significa que a pessoa esqueceu-se de que os filhos de Deus não vivem na terra pela inteligência humana. Ser cristão é bastante simples. A pessoa simplesmente deve fazer a pergunta: "Deus, o que queres que eu faça?"
Está claro que a árvore do conhecimento do bem e do mal ainda se encontra entre os filhos de Deus hoje. Muitos ainda se alimentam de seus frutos diariamente. Não comem da árvore da vida; pelo contrário, não cessam de pergun¬tar: "O que é melhor?" — Pergunta esta que procede da árvore do conhecimento do bem e do mal. Entretanto, Paulo diz-nos que hoje nossa vida perante Deus é muito simples, não depen¬demos da sabedoria humana, mas da graça divina. Somos responsáveis por uma coisa so¬mente: fazer a vontade de Deus.

Terceiro


"Transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, a agradável e perfeita vontade de Deus" (Roma¬nos 12:2b).
Que cada um de nós se lembre de que é responsável somente pela vontade de Deus, e que a responsabilidade de Deus é fazer com que experimentemos a conseqüência certa depois de termos feito sua vontade. Temos a tendência de procurar o caminho agradável. Mas com referên¬cia a isto, descobrimos que o Filho de Deus trilhou a estrada mais difícil enquanto na terra, fez-se responsável pela vontade de Deus, e Deus, por sua vez, foi responsável por dar-lhe a estrada difícil. Ao testificarmos que a sabedoria humana do cristão é totalmente inútil, não sugerimos que ele deva ir em frente e praticar coisas tolas. Pois nem sua sabedoria humana nem a própria tolice possuem qualquer utilidade para Deus. Deus não necessita de nossa estultícia, assim como não precisa de nossa sabedoria. Nem todas as coisas tolas são corretas; somente as coisas que procedem da vontade divina são corretas. Devemos perceber tal distinção. Não estamos corretos de modo nenhum quando deliberadamente dizemos algumas palavras to¬las ou praticamos ações bobas. Nossa responsa¬bilidade é fazer a vontade de Deus. O que quer que o Senhor deseja que eu faça, isso devo fazer. O resultado é responsabilidade dele, não sua nem minha.

Assim, devemos pedir que Deus nos livre de nossa mente: que nosso pensar possa ser salvo ao tomarmos o capacete da salvação. Sempre que encontrarmos alguma coisa, primeiro devemos confessar a Deus: "Deus, minha mente ou minha inteligência não é o princípio do meu viver cristão. Tudo o que me importa é procurar a tua vontade." Isto não significa que você deva fingir ser uma pessoa tola. Deixe-me dizer-lhe de novo que Deus não tem utilidade nem para o tolo nem para o sábio. Insistimos somente em que os cristãos neste mundo não devem viver mediante a deliberação de suas mentes mas pela boa, aceitável e perfeita vontade de Deus.
Algumas pessoas possuem tino de comercian¬tes. Sempre que alguma coisa lhes vem à mente, sua primeira reação é calcular o ganho ou a perda pessoal. Esse traço é característico das coisas espirituais e também das seculares. Tal mente precisa ser admoestada. O fator decisivo das coisas espirituais não é o ganho ou a perda pessoal, mas a vontade de Deus. Oh, que realmente possamos perceber que temos um único princípio pelo qual viver, e este se encon¬tra "na graça de Deus" — em fazer a vontade divina.



Quarto


"E vos renoveis no espírito do vosso entendi¬mento" (Efésios 4:23).
Isto quer dizer que a mente humana precisa de renovação. Romanos 12 dá o mesmo parecer: "Transformai-vos pela renovação da vossa mente." O resultado é que "experimenteis qual seja a boa, a agradável e perfeita vontade de Deus". Depois de sua mente ser renovada você pode provar qual seja a vontade de Deus. De modo que o conhecer ou não a vontade de Deus não é questão de método mas de pessoa. Muitos estão familiarizados com métodos de conhecer a vontade de Deus mas sua pessoa não é correta; conseqüentemente, não podem conhecer a vontade dele.
Que tipo de pessoa pode conhecer a vontade de Deus? A pessoa a quem Deus libertou do poder mental. Sua mente deve ser renovada antes que você prove qual seja a vontade de Deus. Conserve isto sempre em mente: a parte mais forte da vida natural do homem é seu aparelho pensador. Algumas pessoas podem ter sua força natural na vontade, outras, na emoção. A maioria das pessoas, porém, tem sua força natural na mente. Ao conhecer uma pessoa com uma mente vigorosa, você conhece seu pensa¬mento. À medida que você se aproxima dela, seus pensamentos começam a fluir. Seu pensa¬mento é maior do que seu espírito. Parece ser muito inteligente, pois seu caráter é refletido pelo pensamento. Se isto que é sua força não for quebrantado pelo Senhor, não terá maneira de conhecer a vontade de Deus. Da mesma forma, devemos pedir que o Senhor faça com que não confiemos no poder de nosso entendimento.

A pessoa pode continuamente confessar quão errada é sua vida carnal ou natural, e o tempo todo dar valor ao seu entendimento e opinião. Embora admita sua fraqueza com a boca, o coração ainda está cheio dos seus próprios pensamentos e sabedoria. Pensa que seu ponto de vista é superior ao dos outros e que seu modo de vida é melhor do que o dos outros. Sua inteligência não foi quebrantada pelo Senhor e seu pensamento não foi mudado. Por causa disto, essa pessoa não tem como conhecer a vontade de Deus. Há pessoas cujos lábios estão cheios da vontade de Deus, mas na realidade nada conhecem dela. Lembremo-nos de que se a pessoa não estiver correta, não tem possibilida¬de de conhecer a vontade divina. O Senhor deve executar a obra básica da cruz nas vidas dos crentes, especialmente na renovação dos seus entendimentos. Ele os quebrantará de tal modo que não mais pensem ser mais inteligentes ou melhores do que o restante. Depois de Deus lidar com sua inteligência, podem então provar e conhecer a vontade de Deus.



O problema, muitas vezes, está em substituir a vontade de Deus pelo entendimento do ho¬mem. Nossa mente, portanto, precisa de reno¬vação. A pessoa que não conhece a cruz, não conhece a vontade de Deus. Assim, a questão toda resume-se na necessidade da cruz. Você sabe realmente como a cruz lida com sua vida natural? Você tem alguma idéia de como Deus lida com você como pessoa? Um dia, mediante a graça do Senhor, você será levado ao lugar onde poderá ver a sua falta de confiança e admitir quão ineficaz é seu pensamento; então não ousará crer em si mesmo nem terá em grande consideração sua força natural; nesse dia muitas coisas tornar-se-ão claras. A medida que Deus lidar com sua vida natural, você começará a ver claramente a vontade dele.

Quinto

"Os que se inclinam para a carne cogitam das coisas da carne; mas os que se inclinam para o espírito, das coisas do espírito. Porque o pendor da carne dá para a morte, mas o do espírito para a vida e paz" (Romanos 8:5, 6)
Qual é o pendor da carne? Tem uma característica principal: crer em si mesmo como sabedor de tudo e capaz de tudo. O pendor do espírito no crente tem sua característica principal também: não crer em si mesmo nem ousar dizer ou fazer nada, mas sempre estar em temor e tremor. O pendor da carne está constantemente ocupado, apressado, cheio de sabedoria própria e inquieto. O resulta¬do é a morte. O pendor do espírito não é controlado pela sabedoria carnal, mas governa¬do pelo mandamento de Deus; não confia na carne nem ousa seguir sua própria idéia, e o resultado é a vida e paz. Nossa mente precisa ser libertada para que não mais sejamos dirigidos pelo pensamento carnal, mas guiados pela von¬tade espiritual.

Sexto


"Não com sabedoria humana, mas na graça divina, temos vivido no mundo, e mais especial¬mente para convosco" (2 Coríntios 1:12b).

Note esta última frase: "Mais especialmente para convosco." Os Coríntios eram inteligentes, mas Paulo declara que não devemos viver pela sabe¬doria humana, e sim, pela graça divina, e isto mais especialmente para com pessoas como os inteligentes Coríntios. Louvado seja o Senhor, não precisamos comparar nossa inteligência com pessoas inteligentes. Quanto mais calculistas forem os outros, tanto menos inteligência usare¬mos; vivemos pela graça divina. Especialmente nas coisas de Deus e da igreja, estamos decidi¬dos a não usar a sabedoria nem a inteligência humana.
Portanto precisamos aprender a lição de nun¬ca colocar nossa mente carnal nas coisas espiri¬tuais. Não temos tanta certeza se esta mente carnal é eficaz em outros assuntos, mas temos certeza disto: a mente carnal é totalmente inútil nas coisas espirituais. Os métodos e táticas carnais, a manobra e a inteligência carnal podem produzir resultados em outras áreas, mas no reino espiritual são totalmente ineficazes. Na casa de Deus não é a mão nem a sabedoria do homem que têm valor, mas, a vontade de Deus. O importante não é o que o homem diz ou pensa, mas o que diz o Senhor. Perguntaremos a Deus: "Senhor, que padrão desejas mostrar-nos? Pois não poderemos ter nenhum outro padrão a não ser o teu."
Aprendamos a fazer a vontade de Deus e a não depender de nosso próprio entendimento. Quando realmente aprendermos a fazer a vonta¬de de Deus, entregar-nos-emos a ele a fim de que nos leve por todo e qualquer problema que possamos encontrar no processo. E daí para a frente pediremos que Deus nos faça viver, não na sabedoria humana, mas na graça divina, realizando sua vontade.

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